Lendo uma matéria na Obvious a respeito da história dos chapéus, fiquei com vontade de dividir aqui com vocês, pois acredito que muitas pessoas sabem pouco sobre sua origem. Então segue aqui um pouco sobre o assunto, e como não poderia faltar, selecionei imagens lindas de grandes personagens que ajudaram a tornar o chapéu um dos acessórios mais charmosos do vestuário masculino e feminino.
Inicialmente os chapéus eram fabricados com o objetivo de proteger a cabeça, mas ao longo dos tempos, tornaram-se símbolo de poder, um indicador de hierarquias ou de tradições culturais e uma marca de identidade para quem os usavam. A história do chapéu não tem apenas décadas ou mesmo séculos. Ela é quase tão antiga como o próprio homem. Foram os povos da pré-historia os primeiros a usá-lo, com fins de proteção perante o sol, a chuva ou o frio.
Diz-se que o primeiro chapéu semelhante aos formatos clássicos data ainda do século VI a.C. A partir daí e ao longo da evolução e modernização das sociedades, este acessório acabou por ir ganhando outros contornos e significados, e também outros formatos. Durante a Antiguidade Clássica, era comum o poder e o prestígio serem demonstrados através de coroas e grinaldas. As primeiras, pertencentes aos monarcas, eram produzidas com ouro, diamantes e pedras preciosas. As segundas, serviam para premiar generais ou atletas pelos bons serviços prestados e pela sua excelência.
Este ideal de riqueza e poder veio juntar-se ao próprio conceito de moda a partir dos séculos XVIII e XIX. A cartola foi nesta época a “rainha” dos chapéus. De cor preta brilhante, copa alta e cilíndrica e aba estreita, era imprescindível aos magnatas e indivíduos da alta-sociedade.
A diva alemã Marlene Dietrich ousou e mostrou que as mulheres poderiam perfeitamente usar este tipo de chapéu.
Já no final do século XIX, surge um chapéu substituto, com menores dimensões: o chamado chapéu-coco. Mais duro, de copa redonda e aba curvada em ambos os lados, passou a ser usado nas ocasiões mais formais logo após a Primeira Guerra Mundial. De feltro de lã ou pêlo, e muito popular em Inglaterra até aos anos 60, estava associado aos homens de negócios e elevado poder econômico. O tradicional english man popularizou-o, acabando depois por se expandir para o resto da Europa e a todas as classes sociais.
Quando penso em chapéu de coco, automaticamente me vem a imagem de Charlie Chaplin, criador do atemporal Charlot, que, juntamente com o seu bigode, grandes sapatos e uma bengala, tornaram-se um ícone.
Outro modelo que se transformou em sinônimo de estilo no início do século passado foi o chapéu panamá. Feito à mão, com fibras muito finas de palha branca, ganhou notoriedade quando o ex-presidente Theodore Roosevelt se deixou fotografar com um exemplar numa viagem ao canal do Panamá em 1906. Artistas, atores e músicos aderiam em massa. Quem não se recorda dos galãs de cinema Clark Gable e Humphrey Bogart? Os protagonistas de Casablanca usaram o modelo não só cinema, como também aderiram no seu dia-a-dia.
Vejam mais alguns modelos de chapéus que marcaram a história da moda.
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